Algo marcante no desenrolar da trama é a relação do jogador com seus superiores e com seus subordinados, ou seja, o trabalho em equipe — a despeito do costume dos jogos de tiro em primeira pessoa em deixar o jogador ao encargo de varrer totalmente infantarias inteiras de inimigos. Com isso, a inteligência artificial deveria ter tido um tratamento especial, mas não é o que ocorre em Call of Duty 3. Infelizmente, os aliados tem o péssimo hábito de entrar em plena linha de fogo durante um ataque, dificultando bastante a mira do jogador fazendo com muitas vezes fosse preferível que eles não estivessem “ajudando”.
Outro ponto diferenciado é a maneira que a vida é tratada, não havendo uma indicação de quanto de dano o personagem pode suportar. A idéia, além de proporcionar realismo, é fazer com que o jogador adquira um senso especial de defesa e precaução e passe a procurar abrigos e obstáculos para se defender, propiciando uma partida mais tática e ponderada do que um tiroteio desenfreado.
No caso específico do PS3, houve a incorporação do sensor de movimentos SIXAXIS para desferir golpes e controlar os veículos (outra novidade de Call of Duty 3). O Wii, por sua vez, igualmente faz proveito do uso do wii-mote. Contudo, em ambos os casos, essa novidade tem lá suas vantagens e desvantagens, não sendo necessariamente uma contribuição indiscutivelmente boa.
A trilha sonora e tratamento gráfico, por sua vez, ficaram ainda mais realistas. Quanto à física do jogo, há muito mais interação do cenário às respostas dos tiros e explosões das granadas. Claro que esses aspectos técnicos estão de acordo com a capacidade específica de cada plataforma.
Diante desses aspectos, mesmo com os inúmeros jogos de tiro baseados na Segunda Guerra Mundial, Call of Duty 3 ainda consegue manter seu espaço reservado como um dos melhores títulos do gênero.
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